domingo, 1 de fevereiro de 2009

Pensando pausadamente

Fato é a dificuldade que eu tenho pra decorar datas, idades e nomes de rua. Todo aniversário de amiga é um fiasco. Mando parabéns um dia antes ou um dia depois. Sorte que todo mundo me conhece e sabe que é de louca mesmo.

Pois bem, hoje não poderia ser diferente. Toda feliz, peguei meu celular e escrevi a mensagem mais inspirada que pude (devido a minha sequela do fim de semana) e mandei cheia de alegria no coração, tendo certeza que pelo menos NESSE ano eu não errei o aniversário da Pri.

Eis que ligo pra Chica e descubro que o aniversário da Pri é amanha. Dã! Mais um ano de mico. Mais um ano que eu me confundo toda e troco tudo. Mas tu me perdoa né, Pri? Tu sabe que às vezes eu tenho que pensar pausadamente pra entender e, mesmo assim, às vezes não adianta. Amanha te encho de parabéns e beijos virtuais.

sexta-feira, 30 de janeiro de 2009

Tema de Hoje

- PRI - diz:
Então, carol, qual o tema de hoje?
Carol diz:
eu nao tenho mais idade pra dar satisfaçao
Carol diz:
huuuuummmm, nao me acho adequada pra falar sobre o assunto
- PRI - diz:
uau. sessão de terapia à vista. Ah, ninguém vai reparar nos meus erros de digitação, né?
Carol diz:
nem nos meus, tenho preguiça de por til
Carol diz:
pois é, mega terapia

- PRI - diz:
a partir de qual idade a gente deixa de dar satisfação?
Carol diz:
acho que a pergunta é: a partir de quantos salarios minimos a gente deixa de dar satisfaçao?
- PRI - diz:
na realidade a satisfação é uma grande hipocrisia, não? nenhuma adolescente vai medir permissão pra dar na primeira vez.
- PRI - diz:
HAHAHAHHA boa!
Carol diz:
a satisfaçao ja diz tudo, é só pra satisfazer
Carol diz:
cada um tem um ponto que precisa ser satisfeito, saber só até ali e ja ta bom
- PRI - diz:
nossa. fiquei sem resposta. bela teoria
Carol diz:
nao é verdade? isso serve pra todo mundo

- PRI - diz:
claro que é verdade. mas quando sabemos qual é o limite para dar satisfações?
Carol diz:
tu diz o que tu acha necessario a pessoa saber

- PRI - diz:
é, mas num relacionamento já complica
Carol diz:
mas a satisfaçao mais dificil é a que a gente acaba dando pra pessoas que nao tem nada com isso, nao é?
Carol diz:
nao falo nem de namorados, pais, maes, maridos, acho que a mais escrota é dos amigos

- PRI - diz:
sim, aí vem o limite entre consideração e a preocupação do que o outro vai pensar
Carol diz:
tu te sente culpa quando tu da satisfaçao e os amigos te cobram e te julgam?
Carol diz:
culpada
- PRI - diz:
entre culpada e idiota
- PRI - diz:
julgar é uma coisa. opinar é outra
Carol diz:
bah, eu me senti assim essa semana
Carol diz:
me vi tri preocupada em dar explicaçao que eu nem precisava

- PRI - diz:
pra agradar ao outro?
Carol diz:
nao, pro outro nao se desagradar, loucura ne?
Carol diz:
mas vamos falar do que entendemos
Carol diz:
risos
Carol diz:
tipo, eu nao me incomodo de ter que dar explicaçoes pros meus pais, enquanto nao tiver minha casa, pelo menos dizer onde estou eu posso ne?
- PRI - diz:
pode, pq tu tem consideração e sabe que eles ficarão preocupados. acho justo.
Carol diz:
isso mesmo
Carol diz:
o interessante é que quando digo assim "vou sair com a pessoa X", minha mae nem pens em me ligar

- PRI - diz:
então já sabemos que "dar satisfaçãoes" e "consideração" andam juntas?
Carol diz:
se eu digo que to com a Tati ou com a Angela, virou mexeu ela liga
Carol diz:
isso mesmo, olha so, uma coisa produtiva!!!!
Carol diz:
"dar satisfaçao é ter consideraçao"
Carol diz:
e tu com o moreno?
- PRI - diz:
eu espero que ele me fale antes que eu cobre satisfações.
- PRI - diz:
para que não seja preciso chegar áquela primeira fase de falar até onde queremos apenas. aí já entra outra conclusão: dar satisfação é ter consideração, mas não precisar dar satisfações é porque o outro confia em ti.
Carol diz:
eu ia falar de confiança agora
- PRI - diz:
"se eu digo que to com a Tati ou com a Angela, virou mexeu ela liga". pq? pq ela não conhece tanto a elas, como a mim, por exemplo?

- PRI - diz:
e aí chegamos à confiança?
- PRI - diz:
(que medo de fechar esta janela como sempre faço, só um poquinho que vou fazer um backup).
Carol diz:
é, mas nesse caso entra o limite de satisfazer, pq com a pessoa X...

- PRI - diz:
entendi.
- PRI - diz:
como aquariana que sou, ODEIO dar satisfações.
Carol diz:
risos
Carol diz:
eu ando percebendo que tem poucas coisas que eu odeio de verdade
- PRI - diz:
acho que quando chega no limite do "pra que? porque? que horas?" eu me irrito
Carol diz:
é, por isso eu nao passo, deve ser por isso que nao me irrita

- PRI - diz:
se eu digo: "vou tomar um chopp com a carol, volto as nove", já dei todas as informações necessárias
Carol diz:
minha sorte é que dai as perguntas acabam ai
- PRI - diz:
por simples consideração e respeito.
- PRI - diz:
então, é saber qual é o limite do outro.
Carol diz:
é entao: limite, satisfaçao, consideraçao, confiança
- PRI - diz:
beijo, me liga. isso.
Carol diz:
kiss call me
- PRI - diz:
hahahahhaha
- PRI - diz:
pausa para o cigarro
- PRI - diz:
cigarro sempre me dá ideias sem acento
Carol diz:
risos
- PRI - diz:
o limite é a gente que estabele né?
Carol diz:
claro
- PRI - diz:
eu dou muita margem pra pedirem explicação.
- PRI - diz:
ou pra julgarem
- PRI - diz:
na verdade o erro está comigo
Carol diz:
é verdade Pri, e olha que eu sou bem mais insegura do que tu
Carol diz:
mas nao dou tanta importancia
- PRI - diz:
é, e eu deveria dar menos. parece que quero validar minha decisões compartilhando com os outros
- PRI - diz:
ou quero sempre parecer a mais legal, o que inclui não magoar o outro dizendo 'o problema é meu, faço o que eu quiser"
- PRI - diz:
DAR MENOS NADA. tá, voltando
Carol diz:
mas eu tb compartilho
Carol diz:
iiiihhhh agor ja viajei e fiz umas ligaçoes meio doidas
- PRI - diz:
hahahhahahahaha
Carol diz:
quando a gnete compartilha é pra saber a opiniao do outro, se o outro incentiva a gente e alguma coisa da errado é como se a gente nao tivesse culpa sozinho
Carol diz:
quando o outro diz algo contrario, a gente tem que assumir o tranco sozinho
Carol diz:
nao sei pq pensei nisso, nao tem nada a ver com o assunto, ne?

- PRI - diz:
perfeito
- PRI - diz:
tem, sim
- PRI - diz:
é dar satsfações por decisões tomadas
Carol diz:
e tu ja pensou que as vezes a gente da satisfaçao sem os outros pedir?
- PRI - diz:
claro. 99,99%das vezes faço isso
Carol diz:
eu acho que como dou satisfaçao em casa, nao dou satisfaçao pra mais ninguem, mas dai pensando nas amizades, nao sei se é verdade, risos

- PRI - diz:
hehehehehe
- PRI - diz:
acho que este caso é o que tu escreveu ali em cima de dividir
- PRI - diz:
dividimos o problema, mas não queremos as vezes dividir a decisão tomada
- PRI - diz:
contraditorio, não!?
Carol diz:
aaaiiiiii, nooooossa, a frase da minha vida
Carol diz:
eu te conto, tu me escuta, eu te escut, mas sou eu que vou chegar a conclusao sozinha, ok?
- PRI - diz:
isso ai!
- PRI - diz:
e não quer que te julguem por isso
- PRI - diz:
não dar satisfação
Carol diz:
isso mesmo, até pq se escolher o caminho errado eu me fodo sozinha
Carol diz:
e todo mundo sabe que a gente só aprende errando
- PRI - diz:
isso aí.
Carol diz:
Entao é o seguinte: nao nos peçam satisfaçao. Se a gente der, escutem, aconselhem e depois não se metam mais. risos, Pronto!

- PRI - diz:
EXCELENTE!

Dançando de OB

Nós conseguimos ficar na TPM juntas. TPM, esse desequilíbrio hormonal, mental e espiritual que incomoda não só as mulheres, mas todos os seres vivos que convivem com uma. Nós duas compartilhamos nosso desequlíbrio mensal através do blog e do msn.

Pri, devido ao momento, sente ainda mais saudade. Na solidão que a engole, ela se sente abandonada até por si mesma. A TPM é para Pri como um dedo na ferida: tu tá longe de todo mundo, pois agora vai ficar longe de ti também.

Carol, devido à imaginação pueril, inventa as coisas mais mirabolantes. Histórias dramáticas sempre com o sentido mais negativo possível. A TPM para Carol é como um ácido: distorce a realidade, enchendo o coração de angústias e rejeições.

Pior do que dançar menstruada é dançar na TPM. Nos sentimos feias, gordas, ruins e loucas. Ainda bem que, como no palco, não estamos sozinhas. Só um mulher entende a TPM da outra.

A Carol acha que só ela inventa histórias mirabolantes. A Janete Clair que mora em mim bate à porta sempre na TPM. Bolamos enredos fantásticos e invejáveis. E eu sempre tenho a certeza de que são absolutamente possíveis.

Meu ginecologista já morreu, coitadinho, mas sempre tinha brigas gigantescas com ele, pois sempre insistia que TPM, fazendo uso de anticoncepcional, era psicológico. Tinha vontade de enjaulá-lo dentro de mim, talvez entendesse que psicológica é a putaquepariu.

Aliás, falando em palavrão, antes de entrar no palco sempre desejamos merda uns aos outros, uma convenção do meio. E uma merda é a definição mínima para uma TPM. Assim como esta minha parte do texto, fruto do meu estado de espírito, é claro, em plena TPM.

Mas como tu diz, Carol, com tanta propriedade, fujo de mim mesma neste exato instante. Só não fujo do meu palco imaginário, porque ele a mim pertence e lá estão tu e todos aqueles que fazem parte de mim.

quinta-feira, 29 de janeiro de 2009